Você já observou sua língua e notou um aspecto de mapa geográfico? Talvez você tenha uma condição chamada língua geográfica. Também muito comum durante a fase da infância, o problema não é considerado maligno, mas é importante estar atento aos sinais para evitar dores ou inflamações.
Aliás, muitas pessoas vivem com a língua geográfica. Pesquisas recentes realizadas pela Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD), indicam que entre 2% a 3% da população brasileira vive com a língua geográfica. Isso representa potencialmente quase 6 milhões de pessoas, de acordo com as estimativas.
Sendo assim, é fundamental conhecer o assunto e todos os fatores que englobam a saúde bucal no geral. Fazer o autoexame, observar a boca diariamente e procurar ajuda de um profissional especializado são os primeiros passos para tratar a língua geográfica.
Se você está achando que possui a condição, não deixe de continuar a leitura deste conteúdo. Vamos explicar tudo sobre a língua geográfica: o que é, os principais sintomas e como fazer o tratamento, além de outras diversas dicas para a sua saúde bucal. Vamos lá?
O que é língua geográfica?
A língua geográfica, também conhecida como glossite migratória benigna ou eritema migratório, é uma condição benigna caracterizada por lesões erosivas avermelhadas (eritematosas) com bordas irregulares, de coloração cinza ou esbranquiçada, um pouco salientes, e que lembram os contornos de um mapa geográfico, podendo migrar nas áreas da língua.
A “migração” se deve à variação na aparência, tempo de duração e local das lesões. Por exemplo, a língua geográfica pode acontecer em uma semana numa parte da língua e desaparecer. Depois, aparecer em outro canto. Já o termo “geográfica” é dado devido ao relevo e linhas que surgem como “mapas” e se formam na superfície.
Nas lesões, que podem aumentar aos poucos de tamanho, acontece descamação das papilas linguais filiformes, cuja função é abrasiva e tem formato de cone. Já nas papilas fungiformes, com formato de cogumelo e função gustativa, os pontos permanecem mais elevados.
A língua geográfica pode se manifestar em qualquer pessoa, em qualquer idade – sendo mais comum no sexo feminino. A condição surge mais nos primeiros anos de vida e tende a desaparecer até os sete ou oito anos de idade.
O que causa a língua geográfica?
Não há um consenso que indique as causas que levam ao aparecimento da língua geográfica. A condição pode surgir quando as papilas gustativas de alguns pontos da língua começam a desaparecer, formando manchas vermelhas e irregulares, parecidas com um mapa.
Entretanto, as lesões não comprometem o paladar e podem ficar ativas por um período longo ou curto de tempo, regredindo espontaneamente e reaparecendo depois.
Na odontologia, acredita-se que a língua geográfica pode estar relacionada com algumas situações. Por exemplo:
Dermatite atópica;Psoríase;Língua fissurada;Alterações genéticas;Alterações hormonais;Outros casos de língua geográfica na família;Alergia;Deficiências nutricionais.
Língua geográfica: sintomas para ficar de olho!
Os únicos sintomas relacionados à glossite migratória são as manchas avermelhadas e os contornos irregulares que surgem na língua.
Normalmente, as pessoas que apresentam a condição não costumam desenvolver outros sintomas. Por isso, a forma mais fácil de saber se você possui língua geográfica é observando a própria boca e a língua.
No entanto, em alguns casos mais pontuais, algumas pessoa podem apresentar sintomas como:
Ardência;Dores;Aumento da sensibilidade na língua;Dificuldades para apreciar alimentos muito quentes, picantes ou ácidos.
Vale lembrar que, apesar de o paciente conseguir identificar logo de cara que está com algo estranho na língua, a condição não é grave. Portanto, pode ficar tranquilo: a língua geográfica não causa nenhum problema mais sério para quem vive com o quadro.
Outro ponto é que a língua geográfica não é contagiosa. Isso significa que a condição não será transmitida para outras pessoas ao beijar, por exemplo.
Cuidados com a língua geográfica: saiba como tratar a condição
Como a língua geográfica não é algo grave, não traz riscos à saúde da pessoa que vive com condição. O quadro pode melhorar sozinho, então, não é indicado nenhum tipo de tratamento elaborado, apenas analgésicos simples – que são receitados pelo clínico geral ou dentista, nada de recorrer à automedicação, tá bem?.
O diagnóstico é clínico e leva em consideração as características que surgem na língua, que mudam de forma e de local. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames de cultura e biópsia para verificar o nível das lesões.
O que todo mundo deve fazer ao notar qualquer indício de língua geográfica é começar a prestar mais atenção em seus hábitos de higiene bucal.
Por exemplo, ao escovar a língua é recomendado utilizar uma escova de dentes com cerdas macias para realizar os movimentos de “varrer”. Uma sugestão de produto é a Fine Tip, da linha adulto de escovas dentais da Dentalclean. O item proporciona não só uma limpeza profunda da língua, como remove facilmente os resíduos entre os dentes e gengivas. Além disso, o cabo ergonômico com injeção de borracha torna a escovação mais prazerosa.
E tem mais: não deixe de passar o fio dental e usar enxaguante para retirar todos os resíduos de alimentos. Dessa forma, você evita que outros problemas apareçam na boca, como a língua geográfica ou as temidas cáries.
O processo deve ser feito diariamente, principalmente após as refeições, ou ao menos duas vezes ao dia (ao acordar e dormir).
Outras dicas que podem contribuir para a diminuição da língua geográfica são parar de fumar, controlar a ansiedade, praticar atividades físicas ou ter um hobby para aliviar o stress – algo que pode intensificar as lesões avermelhadas e irregulares.
Agora que você já sabe tudo sobre língua geográfica, aproveite para ler o nosso conteúdo completo sobre limpeza nos dentes.
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