Você já teve herpes na gengiva? Ou em alguma outra região da boca? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 3,7 bilhões de pessoas com idade inferior a 50 anos já foram infectadas com HSV-1.
Os dados comprovam que a herpes labial é uma condição bastante comum. Isso acontece porque o vírus é altamente contagioso, podendo ser transmitido através do contato direto com lesões ativas. Além disso, a maioria das pessoas acaba pegando herpes durante a infância – devido à falta de anticorpos protetores.
Mas fique tranquilo! A herpes na gengiva não é uma condição grave e existe tratamento. Vamos explicar melhor neste artigo. Continue a leitura para entender melhor e descobrir se você vive com a doença.
Mas afinal, o que é herpes bucal?
É uma infecção viral bastante comum causada pelo vírus do herpes simplex tipo 1 (HSV-1). A herpes bucal é caracterizada pelo surgimento de lesões dolorosas, geralmente em forma de bolhas ou úlceras, na região dos lábios, gengivas, boca e, ocasionalmente, no rosto.
A infecção pelo HSV-1 ocorre principalmente durante a infância, por meio do contato com uma pessoa infectada. Após a infecção inicial, o vírus permanece no corpo e pode se tornar latente nos gânglios nervosos próximos à região da boca. Periodicamente, o vírus pode se reativar, resultando no surgimento de lesões na área afetada.
A doença é altamente transmissível em seres humanos devido a facilidade do contágio – por meio de compartilhamento de objetos pessoais, utensílios de comida, toalhas e até maquiagens.
Como pode acontecer a herpes na gengiva?
As lesões da herpes bucal podem se estender e afetar a gengiva. Isso porque há uma grande proximidade anatômica entre os lábios e a gengiva.
Quando as lesões da herpes bucal estão ativas e presentes nos lábios ou na área ao redor da boca, há uma quantidade significativa do vírus presente nas bolhas, úlceras ou crostas.
Quando acontece o contato direto entre as lesões ativas e a gengiva, especialmente em áreas mais sensíveis ou com lesões pré-existentes, o vírus pode se espalhar para o tecido gengival.
Além disso, durante um surto de herpes bucal, o vírus se dissemina para as áreas próximas por meio de gotículas de saliva infectada. Isso pode ocorrer ao tossir, espirrar, compartilhar utensílios ou beijar durante a fase de inflamação.
Se a saliva infectada entrar em contato direto com a gengiva, o vírus pode se estabelecer e causar lesões gengivais.
Vale lembrar que nem sempre a herpes bucal afeta as gengivas. A extensão da infecção e a gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa. Tudo vai depender da resposta imunológica do indivíduo.
Entenda a diferença entre herpes e aftas na boca
Muitas pessoas acabam confundindo a herpes com afta na gengiva. Entretanto, são condições bucais distintas.
Enquanto a herpes é uma doença infectocontagiosa, as aftas são pequenas feridas na boca de origem sistêmica – ou seja, causadas por mudanças hormonais, estresse e consumo de bebidas e alimentos ácidos e cítricos.
No caso da herpes, a doença pode permanecer latente no corpo e se reativar periodicamente, resultando em surtos recorrentes de herpes bucal.
Já as aftas, não são contagiosas e acontecem em episódios isolados por causas distintas, principalmente relacionadas à alimentação.
Como saber se tenho a doença? Descubra os sintomas de herpes na gengiva
Os sintomas da herpes na gengiva costumam variar de pessoa para pessoa, mas existem alguns sintomas comuns que podem indicar a presença de herpes na gengiva. Fique de olho em:
Lesões gengivais;
Dores e desconforto;
Vermelhidão;
Dor de cabeça;
Sangramento;
Bolhas em forma de buquê;
Sensação de formigamento e queimação;
Gânglios linfáticos inchados e sensíveis.
Vale lembrar que estes sintomas também podem indicar outros problemas de saúde bucal. Sendo assim, é indispensável procurar pelo diagnóstico de um profissional, como um dentista ou clínico geral. Dessa forma, você garante maior eficácia no tratamento.
Qual é o tratamento para herpes na gengiva?
O tratamento para herpes na gengiva envolve práticas para aliviar os sintomas, acelerar a cicatrização e reduzir a gravidade dos surtos. Dentre as abordagens mais comuns, é possível destacar:
Prescrição de medicamentos antivirais: para reduzir a replicação do vírus;
Consumo de analgésicos: com intuito de reduzir as dores;
Aplicação de compressas frias: para reduzir a inflamação;
Medidas de contenção: para evitar a propagação do vírus.
Vale lembrar a importância de não se automedicar! Somente profissionais de saúde devem prescrever medicamentos e fornecer orientações personalizadas para o seu tratamento.
Existem formas de evitar a herpes na gengiva?
Embora não seja possível prevenir completamente a herpes na gengiva, existem medidas que podem ajudar a reduzir o risco de contrair o vírus do herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e minimizar a ocorrência de surtos. Algumas dicas, são:
Evitar contato direto com lesões ativas de herpes bucal;
Não compartilhar objetos pessoais, principalmente aqueles com contato com a boca;
Controlar o estresse para evitar quedas de imunidade;
Usar protetor labial sempre que estiver ao ar livre;
Evitar o contato durante os surtos ativos.
Além disso, um ponto importante é manter uma boa higiene bucal. Isso inclui escovar os dentes após as refeições e passar o fio dental. Você ainda pode utilizar um gel dental que reduz 99,9% dos microrganismos e ajuda na cicatrização de feridinhas.
Com isso, sua boca ficará muito mais saudável e menos propensa a desenvolver herpes na gengiva.
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